PARCELAMENTO DE DOIS MIL ANOS E O CAPITALISMO DE COMPADRIO
Atualizado: 27 de Mai de 2019
Parece piada mas é verdade! A Justiça do Rio de Janeiro aprovou um parcelamento de mais de dois mil anos de uma dívida de R$ 3 bilhões, sem correção monetária, de uma cervejaria daquele Estado.
Felizmente a Justiça do Rio de Janeiro voltou atrás e anulou o parcelamento de “mãe pra filho”, que jamais seria quitado, da dívida que o Grupo Petrópolis tem com o Estado.
Anomalias
Absurdos como esse são exemplos das anomalias que acontecem no nosso capitalismo de compadrio, onde a livre concorrência é comprometida e o mercado entra em desequilíbrio.
Prevalecem os interesses dos amigos do poder. Quem não larga as tetas do Estado acaba por conseguir ampla vantagem concorrencial, em razão de isenções, benesses e conluios. Já os demais mortais são obrigados a pagar altíssimos impostos e a enfrentar uma concorrência absolutamente desleal.
O nosso capitalismo de compadrio atingiu o auge durante os governos Lula e Dilma, quando empreiteiras e partidos da base formaram quadrilhas para assaltar os cofres públicos. Em troca de vantagens, distribuíram fartas propinas para campanhas eleitorais, compra de apoios políticos e enriquecimento pessoal de corruptos.
Compradrio
Só não é pior que o nefasto socialismo
O nocivo capitalismo de compadrio só não é pior que o nefasto socialismo, onde a população, prisioneira do Estado, não tem a mínima chance de ascensão social e o regime, invariavelmente uma ditadura, é condenado à estagnação econômica.

Por Augusto Jatobá - Jornalista e membro do Liberdade-PE